terça-feira, 22 de setembro de 2015

Bagagem de Mão



Poesia. Eterna companheira
Nos damos muito bem
Com ela viajo parado
É meu traje em passeios
festas e flertes
Senta à mesa comigo
Abrigo, refúgio e salvação

Minha bagagem de mão
Vou com ela a qualquer parte
Não pesa, apesar do excesso
Exceto quando não flui
Fica presa e corrói
Dói por não poder sair

Mas quando ela escorre
preenche cada hiato
Hálito criador que tudo gera
Macera os sonhos, extrai a seiva possível

contamina o todo e me alimenta
Estado pleno de gozo e gosto
No contínuo caminhar leve jocoso
em cada novo dia que se apresenta.

José Abbade – Salvador-BA

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